Dificuldade para dormir? INSÔNIA

As funções do sono são:

  • Descansar
  • Consolidar a memória de trabalho,
  • Liberar de hormônios que fortalece o sistema imunológico,
  • Regenerar as células e
  • Transformar a gordura em força muscular.

As dificuldades mais comuns referentes ao sono :

Iniciar o sono

Acordar no meio da noite com dificuldade para voltar à dormir

Acordar muito mais cedo do que o necessário e não voltar à dormir

Dormir a noite toda mas acordar com a sensação de que não descansou

 

Tipos de insones:

Os que sofrem com excitação somática , ou seja, seu corpo é agitado, a musculatura é tensa, os maxilares são apertados, mãos e pés frios, sudorese, sofrem com má digestão, etc. Para estes a melhor dica é treinamento em relaxamento físico, com respiração profunda.

Os que apresentam a excitação mental , ou seja tem uma cabeça que não pára de funcionar, os pensamentos se intrometem de forma a não deixarem a pessoa dormir.

O que faz alguém perder o sono?

Depressão, ansiedade são os principais causadores de insônia.

Os fatores mais importante com relação à dificuldade de dormir são:

As crenças disfuncionais relacionadas com o sono, como por exemplo acreditar que dormir é uma perda de tempo.

A preocupação com as diferenças entre uma noite de sono.

Acreditar que o único sono bom é aquele que não tem uma única interrupção no meio da noite.

Estas preocupações por si só já provocam insônia.  Há também que se observar o auto-boicote, observar o quanto você mesmo pode estar prejudicando o seu sono e não tem consciência disso, como por exemplo, aquela sonequinha no meio da tarde, ou no inicio da noite pode já ter lhe proporcionado boa parte do descanso que precisava, e sendo assim á noite haverá menos horas necessárias de sono, ou tentar acordar sem um despertador, pode lhe proporcionar um sono inseguro, pois a preocupação com a hora de acordar pode estar atrapalhando o sono, ou então deixar-se levar pelos pensamentos dos problemas do dia, os pelos prováveis problemas do dia seguinte, fazendo isso você não dá oportunidade para sua mente “desligar” e encontrar o merecido descanso.

Dicas para combater a Insônia

Tenha um horário regular para dormir, evitando cochilos durante o dia, ou antes do horário marcado para dormir.

Use cama só para dormir, não associe cama à com excitação ou ansiedade lendo na cama, falando ao telefone, conversando, comendo, preocupando-se, etc.

Banho quente antes de dormir ajuda no relaxamento muscular.

Evite muito liquido antes de dormir (para que a vontade de urinar não atrapalhe o sono) não coma comida pesada e não tome cafeína. (chás, café, coca cola, energéticos, etc)

Não faça exercícios logo antes de dormir. Faça exercícios leves, caminhadas por exemplo, por 30 min ao final da tarde.

Diminua os estímulos, como reduzir a luz, a entrada de sons no quarto, etc. Mantenha o quarto ventilado.

Ao deitar-se faça um relaxamento progressivo.

Faça 15 minutos de respiração diafragmática.·          Não se force a dormir,  desista de tentar dormir a todo custo. Preste atenção só no relaxamento.

Deixe a tensão e a hipervigilância de lado. Desligue-se da agitação diária definindo para si mesmo este horário como um tempo para não pensar nos problemas, combine consigo mesmo que só voltará a “trabalhar” no dia seguinte.

Mentalmente alegre-se por poder acordar logo de manhã e fazer o que é preciso.

Se acordar no meio da noite não “brigue” com a situação, saiba que isso é normal, relaxe e se tiver dificuldade para voltar a dormir levante e leia um livro, tome um copo de leite ou outra coisa leve e quando o sono voltar vá pra a cama.

Identifique a função desta insônia, qual seu ganho secundário. Há algo de bom em manter-se acordado?

Deite-se antes da meia noite, pois para a maioria das pessoas cada hora dormida antes da meia noite equivale a duas depois desse horário.

O colchão deve estar adequado ao seu peso.

O travesseiro deve ser anatômico para que a nuca não fique suspensa no ar.

Tenha um ritual para dormir. Tenha sempre a mesma rotina de preparo para o sono, reduza o ritmo dos seus movimentos, e não trate de assuntos sérios antes de dormir.

A porta do sono se abre com bocejos e espreguiçamento. Provoque bocejos longos e profundos.

Não se cubra ou vista roupas em excesso, o calor perturba o sono.

Não adormeça no sofá para depois ter que se levantar e ir para cama.

Não coma nada pesado depois das 20 horas.

Acrescente cebola e alface em sua dieta.

De manhã não se levante depressa. Espreguice, faça alongamentos. Levante com alegria.

Não espere resultados imediatos, saiba que para tudo é preciso treino.

A dica principal sempre será: Trate a causa da insônia. Se você é ansioso precisará de aprender a lidar e dominar essa cabeça ansiosa. A psicoterapia é uma oportunidade para este aprendizado.

Bullyng

Uma pesquisa com ratos da Universidade de Rockefeller, nos Estados Unidos, descobriu que o bullying persistente tem efeitos não apenas na autoestima, como na composição química do cérebro daqueles que sofrem a agressão. Os resultados do estudo mostraram que os ratos que foram vítimas de bullying desenvolveram, além de um nervosismo pouco comum perto de novas companhias, uma maior sensibilidade à vasopressina, um hormônio ligado a uma variedade de comportamentos sociais. Segundo os pesquisadores, as descobertas sugerem que o estresse social crônico afeta o sistema neuro-endócrino, fundamental para comportamentos sociais como o cortejo, ligação entre pares e comportamento paternal. Mudanças nos componentes desses sistemas implicam em desordens como fobias sociais, depressão, esquizofrenia e autismo, afirmam os pesquisadores.

Assim, as descobertas do estudo sugerem que o bullying pode contribuir para o desenvolvimento de ansiedade social de nível molecular a longo prazo.Para realizar o estudo, os pesquisadores desenvolveram um cenário que simula um pátio escolar onde um pequeno rato é colocado em uma jaula com diversos ratos maiores e mais velhos, que vão sendo substituídos a cada dez dias. Como os ratos são animais territoriais, cada nova chegada ocasionava uma briga, que era sempre perdida pelo novo ocupante da jaula.Após a briga, os pesquisadores separavam os animais fisicamente com uma grade que permitia ainda que o animal perdedor visse, ouvisse e sentisse o cheiro do outro, criando uma experiência de estresse.Depois de um dia de descanso, o rato perdedor, que passou por essa situação de estresse extremo, era colocado na presença de um outro rato não ameaçador. Nesta situação o rato vítima de bullying era mais relutante na hora de interagir com outros ratos. Eles também desenvolveram uma tendência a “congelar” em um lugar por tempos mais longos e frequentemente demonstravam estar avaliando riscos em relação a seus colegas de jaula.

Todos esses comportamentos indicam medo e ansiedade.Os pesquisadores então passaram para a análise do cérebro desses ratos, particularmente da parte do meio do córtex pré-frontal que é associada ao comportamento social e emocional. Eles descobriram que a expressão dos receptores de vasopressina havia aumentado, tornando os ratos mais sensíveis a esse hormônio, que é encontrado em altos níveis em ratos com distúrbios de ansiedade.

Os pesquisadores também deram para um grupo de ratos um medicamento que bloqueia os receptores de vasopressina, o que controlou o comportamento ansioso de diversos ratos vítimas de bullying.A pergunta que ainda precisa ser respondida é por quanto tempo duram os efeitos do bullying no cérebro. Embora ainda não haja uma resposta certa, os pesquisadores afirmam que há evidências de que traumas psicológicos ocorridos no início da vida podem continuar afetando uma pessoa por toda a vida. Solução:   Aprender a responder de forma afirmativa e assertiva às provocações e comportamentos desagradáveis. Perceber quando é hora de convocar outras pessoas para lhe ajudar, e neste ponto vale tanto o diretor da escola, o a chefia da instituição ou um psicólogo. Quando se trata de crianças, ser agredido não deve ser visto como fim do mundo, pois são oportunidades para que a criança treine suas armas, suas possibilidade de auto defesa – física e emocional.

Eu sei que toda mãe deseja que seus filhos entrem e saiam da escola sem nunca passarem por nenhuma briga. Mas, sinceridade, você acha isso possível? Não. Começa na infância, e vamos ao longo de toda vida encontrando pessoas que farão coisas que jamais gostaríamos que fizessem, as pessoas vão xingar no transito, vão gritar, vão falar palavrão, vão tentar “passar a perna”, vão te desrespeitar de tudo quanto é jeito. Se você nunca se defendeu não saberá o que fazer.  A ajuda psicológica se faz necessária. Claro que a psicoterapia poderá lhe fortalecer. Sempre há chance de finalmente você aprender a se colocar. O psicólogo pode te ensinar a passar por agressões sem sair tão machucado emocionalmente. As pessoas que estão sofrendo agressões em suas escolas, clubes, ou mesmo dos amigos do dia a dia, devem aprender a se defender, pois a depressão e ansiedade poderão surgir como conseqüência, assim como doenças psicossomáticas . Esta defesa não deve nunca ser no sentido de aumentar a briga, mas saber de forma sensata encerrar o ciclo de agressões. De inicio pode ser um pouco difícil, pois a pessoa está sensibilizada, traumatizada e condições de ver a saída.

Por isso o primeiro passo no processo de psicoterapia será o trabalho para de fortalecer emocionalmente esta pessoa. No momento seguinte da terapia ela poderá ter condições de saber  que pode, e deve, procurar apoio de outras pessoas. O fortalecimento de vínculos são muito importantes. Saber que tem o direito de não gostar de ser tratado desta forma agressiva, saber que outras pessoas concordam que o outro está sendo abusivo é algo que trás muito conforto, mas a pessoa só fará isso se perceber que tem este direito. Normalmente a pessoa que sofre abusos não percebe que tem o direito de procurar ajuda pois se sente fraca e acha que deve fazer tudo sozinha, pois se for a procura de apoio estará confirmando que é incompetente. O que não é verdade.E por fim, a psicoterapia de crianças ou adultos poderá te dar força para não se abalar com insinuações e agressões de qualquer tipo, pois sua auto estima poderá ser fortalecida.

Terminando a relação, como fazer?

Quais são as melhores formas  para se terminar uma relação de forma elegante?

Psicólogo: As melhores são as que envolvem contato direto com a outra pessoa, pois transmitem respeito. Não há porque enviar mensagens de texto, e-mail, recado em secretária eletrônica, ou seja, demonstrar falta de consideração só porque não continuará a relação. Portanto faça isso PESSOALMENTE.
Alguns exemplos:
– “Tivemos momentos legais, ficarão para sempre em minhas lembranças, acredite nisso, mas preciso romper com você pois percebo que não estamos alinhados nos mesmos valores e interesses”.
-“Gosto muito de você, mas percebi que o tipo de amor que sinto por você não é do tipo que sustenta uma relação, gosto de você como um irmão (irmã), amigo (amiga). Torço para que só aconteçam coisas boas com você, gostaria de continuar participando de sua vida nos bons momentos e nos difíceis também.
– “Tentei manter uma relação contigo mas sinceramente existem hábitos que você insiste em manter que impedem totalmente que continuemos juntos, e como perdi a esperança de que você possa mudar vou interromper nossos encontros, não estão sendo bons para mim. Se houver algo que eu possa fazer para te ajudar, farei com prazer, mas manterei minha decisão”.
– “Cheguei a conclusão que não há como sentir novamente o que sentia no inicio de nossa relação. O tempo passou, meus sentimentos mudaram, não foi nada que eu ou você tenhamos feito de errado, apenas acabou.”
Funcionam porque são diretos, pessoais, e mesmo que doa um pouco na hora você não deixou a pessoa imaginando coisas.

Na hora de terminar, é melhor evitar clichês, ou eles podem ajudar?

Psicólogo: Clichês do tipo “O problema não é você, sou eu”. “ Preciso de um tempo para identificar quem eu sou.” São tão vagos e difíceis de acreditar que dificilmente funcionam para quem está ouvindo. Pode parecer que funcionam para quem fala, pois não precisa pensar muito já que está usando a frase de outra pessoa, e servem como um escudo de proteção, mas não vale a pena desconsiderar totalmente a inteligência da outra pessoa só para ficar mais fácil para você.

Como explicar a outra pessoa que você já não gosta mais dela?

Psicólogo: Realmente é muito difícil de entender, muitas vezes nunca houve tanto amor assim, e para deixar o relacionamento mais intenso as pessoas dizem sentir mais do que realmente sentem e. acabam mantendo o interesse da outra pessoa de forma “artificial”, pois se ela soubesse desde o inicio que você não gostava tanto assim dela não iria topar uma série de coisas que foram feitas.
Quando o amor acabou mesmo, vale usar a técnica do “disco riscado”, ou seja repetir sempre a mesma informação. Não diga ao garoto o que ele está a fim de ouvir só para se livrar dele, você conseguirá exatamente o oposto.

Se a moça já tentou de tudo e o rapaz não entende, quais são as soluções para o término?

Psicólogo: Mantenha a postura, não deixe ficar só em palavras, seu comportamento deve expressar o mesmo que suas palavras, mude seu perfil do orkut, face book, etc, pare de enviar e-mail´s de correntes ou qualquer outra informação que possa ser interpretado erroneamente, não ligue dizendo que está com saudades (por incrível que pareça isso acontece, e muito).

Como reagir quando é o menino que termina, se ela ainda gosta dele? O que fazer para superar esse momento do término?

Psicólogo: Pratique a “aceitação”. Ok, nem sempre teremos tudo o que desejamos, isto nos fortalece, pode parecer piegas agora mas perceberá a realidade com o passar do tempo. Não tente muar a outra pessoa, muitos acreditam que são “mágicos” e esta magia é muito sedutora mas é irreal, você jamais poderá fazer alguém gostar de você, o que você pode fazer é conquistar apenas, e apenas quando há margem para você se encaixar na vida desta pessoa, ou seja, quando você possui atributos que são valorizados pela outra pessoa e ela ainda não os percebeu.

Se a conversa acontecer em público, por exemplo, o que nunca se deve fazer?

Psicólogo: Não há nada que vejo que possa ser feito em particular e que não possa ser feito em publico. Em geral o que não pode ser feito é:
Não dê escândalos, não implore por uma segunda chance.
Não levante a voz .
Nunca ataque fisicamente.
Nunca prometa que um dia voltarão.
Nunca ofenda a outra pessoa, você pode ser claro e objetivo, mas sem desqualificar o outro.
Nunca minta dizendo que vai viajar, mudar de cidade, que já está com outro, etc.

Como reagir quando o outro termina porque está com outra pessoa?

Psicólogo: Você tem todo o direito de expressar seus sentimentos, dizer o quanto considera isso desonesto e que jamais esperaria isto dele (dela), mas dizer o que sente não lhe dá o direito de agredir fisicamente nem de manifestar comportamentos de vingança. Esta informação é muito dolorida, e esta dor pode e deve ser expressa, mas nunca agir de forma desonesta acreditando que “tem o direito já que sofreu uma ofensa tão grave”.

O que fazer, por exemplo, se o outro some e para de ligar?

Psicólogo: Sinto muito, mas não há muito o que fazer. Claro que você tem o direito de ligar, escrever, enviar mensagem de fumaça, mas ele ainda tem o direito de não retornar – o que considero mais provável já que decidiu “sumir do mapa”.
Sempre é possível que ele tenha sofrido um acidente e esteja em coma em algum hospital, mas vamos e venhamos, isto é tão improvável…
O melhor a fazer é entender que você estava envolvida com alguém totalmente sem consideração e ele te fez um favor em não aparecer mais. Sirva como aprendizado para conhecer melhor a próxima pessoa que vai permitir que entre em sua vida.

E quando se descobre uma mentira, qual a melhor forma de lidar?

Psicólogo: Afronte, mostre que a mentira foi descoberta, mostre também que você merece mais do que isso.

Carência Afetiva

Creio que poucos podem dizer que nunca sentiram carência afetiva. Sentir falta de um abraço, uma palavra de carinho, um apoio do chefe faz parte da condição humana. O sofrimento surge quando não percebemos a possibilidade desse contato caloroso com outras pessoas. Este é o momento de questionar-se: Será que você não tem pessoas calorosas por perto ou será que elas até estão por perto mas você as está afastando?

A psicologia está intimamente envolvida em tudo o que você faz, nas coisas que você fala, nos lugares aonde você vai, nas decisões que você toma. Um programa sobre esportes por exemplo, sempre menciona a influencia do aspecto psicológico sobre desempenho do atleta, se ele teve problemas pessoais naquela semana, com certeza seu desempenho será afetado. O desempenho de cada um de nós, na vida, depende do nosso estado mental. A forma como a pessoa se sente, se está motivada, se está desanimada e se recebe calor humano tem uma influência enorme nos resultados da vida. Se consegue passar no concurso, se constrói um relacionamento amoroso bacana, se consegue um desempenho legal no trabalho é porque antes conseguiu estar psicologicamente equilibrada e, para este equilíbrio ser completo é necessário a troca carinhosa com pessoas que você admira e quer bem.  Carência emocionalTem gente que vai pra festa e se diverte e, outros passam a mesma festa de mau humor. Tem gente que vai segunda feira de manhã para trabalho no melhor animo e outros vão arrastados. Por quê alguns vivem carentes, parece que nada o completa? Porque as necessidades psicológicas de uns estão sendo satisfeitas e de outros não.     O é necessidade psicológica?A definição da palavra necessidade é: “ qualquer condição que seja essencial á vida de forma que a satisfação dessa necessidade produza bem estar, e a não realização causa danos”. Portanto satisfazer suas necessidades psicológicas é obrigatório para manter a saúde mental.

Quais são as necessidades psicológicas?

São basicamente três:

Autonomia – Todo mundo precisa sentir que pode decidir o rumo da sua vida

Competência – Se refere à percepção de ter capacidade para realizar coisas.

Relacionamentos – O ser humano não nasceu pra viver só, o ser humano foi feito pra viver com outras pessoas.

Satisfazendo estas três áreas você está apto a uma vida plena. Quando você tem essas necessidades psicológicas satisfeitas passa a ter disposição e envolvimento com a vida. Percebe que quando você está em depressão ou com sintomas de ansiedade, você não tem uma real sensação de envolvimento com a vida? Com depressão você acha que nada bom poderá acontecer, com ansiedade você sente medo, apreensão sente que na vida só lhe oferecerá coisas ruins.

Autonomia

Diante de uma situação de decisão queremos ter opções. Ninguém quer casar com o primeiro que apareceu, quer conhecer pessoas. Ninguém quer trabalhar naquilo que foi imposto, quer saber qual a sua vocação. É natural do ser humano, todo mundo nasce com a necessidade de autonomia, de decidir o que fazer, quando fazer, como fazer e quando parar de fazer. Quando alguém abre mão da autonomia é porque não está bem psicologicamente, algo não está funcionando de forma saudável, esta pessoa está se sentindo coagida, está em sofrimento psicológico. A pessoa dependente, que precisa que os outros lhe digam o que fazer, nunca será realmente feliz. Com a necessidade de autonomia satisfeita você pode se sentir motivado, sentir curiosidade pela vida, ter o desejo de superar desafios e perceber que desafios são muito interessantes.

Competência

Todo mundo precisa se sentir competente, pois é a necessidade de competência que te motiva a buscar coisas boas, é o que te motiva a se esforçar, a dominar os seus desafios. Desafios fazem parte da vida, ainda bem, senão seria tudo muito chato. O problema aparece quando você não se sente capaz de enfrentar os desafios da sua vida, é quando você não se sente competente pra vida. Isso é péssimo porque sua necessidade psicológica de competência não está sendo satisfeita. Ter problemas, dificuldades na vida, não é a pior parte, pois problemas todos nós temos, a pior parte é você não se sentir capaz de superar estes problemas. A referencia que as pessoas precisam ter para se perceberem como competentes é a seguinte: Quando você mesmo analisa o resultado do seu esforço ou quando os outros te dão essa o feedback, alguém lhe diz que aquele seu projeto está bem feito. Comparações são fontes de referências. Você tanto pode se comparar com você mesmo, como pode se comparar com os outros. Ao se comparar com você mesmo você percebe que hoje você está melhor, ou pior, do que já foi no passado. Mas ao se comparar com os outros você acaba com grandes chances de se ver como perdedor, ou com culpas por precisar que o outro esteja em pior situação que você para que você se sinta bem. Então para você potencializar sua percepção de competência o ideal é que você mesmo verifique o resultado do seu esforço.  Não deixe para que os outros lhe avaliem. Se compare sempre com você mesmo, analise o seu crescimento, veja o quanto hoje você está melhor que ontem, nunca se compare com os outros.

Relacionamentos

A última necessidade é a de relacionamentos. Ninguém nasce para viver sozinho.  Todo mundo precisa de amigos, de relações calorosas e afetuosas, de relacionamentos amorosos, de uma família que apóia.  É natural do ser humano o desejo de estar emocionalmente conectado e, quando essa necessidade não é satisfeita vem o sofrimento psicológico. Para superar a dificuldade em relacionamentos eu aplico um protocolo clínico que se chama “ Treino em Habilidades sociais”.  Muitas pessoas perderam ou nunca tiveram habilidade para ter relacionamentos interessantes. Muitos só conseguem ter o que a gente chama de “relacionamento de troca”, que é o relacionamento que se tem com os “conhecidos”.  Com os amigos de verdade o relacionamento é de comunhão e não de troca. Na comunhão você sente que o outro realmente se importa com você,  se interessa pelo seu bem estar. Nas relações de troca há o “Bom dia” formal, frio, sem interesse sincero pelo bem estar do outro. Este é o relacionamento que temos com o balconista da padaria, com quem você  troca dinheiro por produto mas, não se envolve com a pessoa.

No que consiste a ajuda emocional?

Referimos-nos à ajuda emocional a todo apoio moral e psicológico que uma pessoa pode receber. Esta ajuda pode vir tanto de um profissional como de pessoas leigas. Todo amigo que te escuta nos momentos de fragilidade está lhe oferecendo ajuda emocional que, muitas vezes pode ser suficiente, mas outras vezes não. O amigo tem boa vontade, tem bom coração, às vezes tem tempo para estar ao seu lado, o que é bom, mas não tem técnicas para elaborar estratégias de superação quando você passa por quadros clínicos específicos como depressão, sindrome do pânico, etc.

Como identificar a necessidade em receber ajuda emocional?

Necessita ajuda emocional toda pessoa que se encontra em sofrimento impossível de superar sozinha e que esteja causando prejuízos em qualquer esfera, seja ela pessoal, emocional, psicológico, profissional, financeira, nos relacionamentos ou material.

Toda pessoa precisa de ajuda emocional?

Eu diria que toda pessoa MERECE apoio e, não há pessoa no mundo que possa dizer que nunca na vida precisou de orientação ou ajuda para superar ou modificar comportamentos e sentimentos.

Qual o papel do psicólogo na ajuda emocional?

O psicólogo usa todo seu repertório de conhecimento, todas as informações obtidas tanto em sua formação como em sua prática clinica para reestruturar a pessoa que está em sofrimento. Ele te ajuda a superar situações difíceis, aprender novas habilidades interpessoais, se conhecer e reconhecer quais são seus verdadeiros valores e motivações. As mudanças nos padrões de pensamento são extremamente dificeis de serem obtidas, pois cada um de nós se apega a seus velhos padrões pessimistas de pensamento.

A ajuda emocional não fica apenas na esfera do apoio, entra também na mudança ou aquisição de novos comportamentos. Por exemplo, vamos dizer que você está sendo prejudicado em sua carreira por não conseguir falar nas reuniões de trabalho. Além do apoio e compreensão você precisa de aprender como falar em publico de forma tranquila e segura, e para isso as técnicas de um psicologo poderá fazer toda diferença.

Amigos e parentes podem oferecer o suporte emocional necessário?

Podem e devem. Muitas vezes a meta do psicólogo é justamente essa: Trabalhar para inserir a pessoa no universo saudável das relações interpessoais, no mundo dos amigos, amantes, namorados, colegas e parceiros profissionais. O ser humano foi feito para estar entre pessoas, para viver em grupo. E em grupo satisfazer suas necessidades emocionais de conexão, proteção, apoio e suporte. O papel do psicólogo sempre será o de fornecer formas de que seu paciente saia de seu consultório apto a iniciar e manter relacionamentos prazerosos e saudáveis. É justamente por esse motivo que o psicologo não manterá uma relação de amizade com seu paciente, pois esta é a única forma de propiciar ao paciente habilidades para desenvolver relacionamentos em todos os ambientes seja familiar, profissional, amigos, etc. O psicologo não será o substituto de relacionamentos saudáveis, ele será o facilitador destes relacionamentos.

Em relação à quais tipos de problema um psicólogo pode ajudar?

Em todas as situações onde se percebe fragilidade emocional ou comportamental como: fim de relacionamento, inicio de novas atividades profissionais, dificuldade em se colocar afirmativamente diante de colegas de trabalho, dificuldade em tomar decisões, traumas,  falta de motivação ou energia, medo de falar em publico, de dirigir, inseguranças, dificuldade em ter a calma necessária para responder a uma prova de vestibular ou concurso, etc.

Conte com a ajuda de nossa equipe de profissionais.

Apegos

Dizem alguns filósofos: o apego é a causa de todas as nossas dores emocionais. Concordo, mas faço ressalvas. O apego também provoca inúmeras alegrias e satisfações. Não faz sentido evitar filhos, paixões e amizades a fim de se proteger de tristezas, preocupações e frustrações. Passar uma vida inteira desapegada das pessoas seria entregar-se ao vazio existencial — e nunca ouvi dize que isso gerasse bem-estar. Desapegar-se em troca de paz é uma falácia, só demonstra covardia de viver.

Diz que a única forma de viver sem drama é suportar os defeitos dos demais sem pretender que sejam corrigidos.

Eis aí uma fórmula bem razoável para não se estressar. Continue apegando-se, mas mantenha 100% de tolerância com todos. Em tese, é perfeito.

Em menos de poucos segundos, consigo listar tudo o que me incomoda nas pessoas que mais amo. Conseguiria listar também o que me faz amá-las, é claro, mas o ser humano veio com um chip do contra: os defeitos dos outros sempre parecem mais significativos do que suas qualidades. Depois de um longo tempo de convívio, aquilo que nos exaspera torna-se mais relevante do que aquilo que nos extasia.

Pois a recomendação é: exaspere-se, se quiser, mas saiba que não vai adiantar. Nada do que você disser, nenhuma cobrança, nenhum discurso, nenhuma chantagem, nenhuma novena, nada fará com que os defeitos do seu pai, da sua mãe, do seu marido, da sua mulher ou dos seus filhos desapareçam num passe de mágica. Assim como os seus também jamais evaporarão, por mais que os outros rezem e supliquem pra você deixar de ser tão ………. (preencha os pontinhos). Você é capaz de reconhecer seu defeito mais insuportável?

Só mesmo passando uma longa temporada num mosteiro do Tibete para desenvolver a capacidade de aceitar tudo o que nos tira do sério. Seu filho indiferente, seu marido pão-duro, sua mãe mal-humorada, sua amiga carente, seu chefe durão, seu zelador folgado, sua irmã fofoqueira, seu colega chatonildo — imagine que paraíso se pudéssemos relevar essas e tantas outras diferenças, comungando com os defeitos alheios sem nunca mais esperar que os outros mudem. Deixar de esperar é uma libertação.

Pois não espere mesmo, pois ninguém vai mudar nem um bocadinho. Nem você, nem aqueles que você tanto ama, por mais que você pense que seria fácil alguém deixar de ser ranzinza, orgulhoso ou o que for Aceite todos como são, e aleluia: drama, nunca mais. Se conseguir, tem um troféu esperando por você, além de prêmio em dinheiro e uma foto autografada do Buda.

“Eis aí uma fórmula bem razoável para não se estressar. Continue apegando-se, mas mantenha 100% de tolerância com todos. Em tese, é perfeito”

Empatia

Segundo Martha Medeiros, as pessoas se preocupam em ser simpáticas, mas pouco se esforçam para serem empáticas, e algumas talvez nem saibam direito o que o termo significa. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreendê-lo emocionalmente. Vai muito além da identificação. Podemos até não nos identificar com alguém, mas nada impede que entendamos as razões pelas quais ele se comporta de determinado jeito, o que o faz sofrer e os direitos que ele tem.

Nada impede?

Desculpe, foi força de expressão. O narcisismo, por exemplo, impede a empatia. A pessoa é tão autofocada que para ela só existem dois tipos de gente: os seus iguais e o resto, sendo que o resto não merece um segundo olhar. Narciso acha feio o que não é espelho. Ele se retroalimenta de aplausos, elogios e concordâncias, e assim vai erguendo uma parede que o bunda contra qualquer sentimento que não lhe diga respeito. Se pisam no seu pé, reclama e exige que os holofotes se voltem para essa agressão gravíssima. Se pisarem no pé do outro, é porque o outro fez por merecer.

Afora o narcisismo, existe outro impedimento para a empatia: a ignorância. Pessoas que não circulam, não têm amigos, não se informam, não leem, enfim, pessoas que não abrem seus horizontes tomam-se preconceituosas e mantêm-se na estreiteza da sua existência. Qualquer estranho que tenha hábitos diferentes dos seus será criticado em vez de aceito e considerado. Os ignorantes têm medo do desconhecido, e o evitam.

E afora o narcisismo e a ignorância, há o mau-caratismo daqueles que, mesmo tendo o dever de pensar no bem público, colocam seus interesses acima de todos e trabalham só para si mesmos, e aí os exemplos se empilham: políticos corruptos, empresários que só visam ao lucro sem respeitar a legislação, pessoas que usam sua posição social para conseguir benefícios que deveriam ser conquistados pelos trâmites usuais, sem falar em atitudes prosaicas como furar fila, estacionar em vaga para deficientes, terminar namoros pelo Facebook, faltar compromissos sem avisar antes, enfim, aquelas “coisinhas” que são feitas no automático sem pensar que há alguém do outro lado do balcão que irá se sentir prejudicado ou magoado.

É um assunto recorrente: precisamos de mais gentileza etc. e tal. Só que, para muitos, ser gentil é puxar uma cadeira para a moça sentar ou juntar um pacote que alguém deixou cair. Sim, todos muito gentis, mas colocar- se no lugar do outro vai muito além da polidez e é o que realmente pode melhorar o mundo em que vivemos. A cada pequeno gesto diário, a cada decisão que tomamos, estamos interferindo na vida alheia. Logo, sejamos mais empáticos do que simpáticos. Ninguém espera que você e eu passemos a agir como heróis ou santos, apenas que tenhamos consciência de que só desenvolvendo a empatia é que se cria uma corrente de acertos e de responsabilidade — se colocar no lugar do outro não é uma gentileza que se faz, é a solução para sairmos dessa barbárie disfarçada e sermos uma sociedade civilizada de fato.

“Pessoas que não circulam, não se informam, enfim, não abrem seus horizontes tornam-se preconceituosas e mantêm-se na estreiteza da sua existência”

O que é psicoterapia?

A psicoterapia  reúne um conjunto de técnicas especificas que permitem o conhecimento, e, o aprofundamento na mente humana, e desenvolve na pessoa que a inicia a compreensão de sua própria consciência. Este conhecimento significa uma redefinição da sua vida,questionando a tomada de futuras decisões,ampliando a compreensão de si mesmo e aos outros, melhoria nos relacionamentos, dentre outras questões.

A pessoa que faz terapia,esta mais preparada para buscar novos caminhos, de se ajudar,e de se auto realizar.O trabalho do psicoterapeuta é facilitar esse processo .

Alguns benefícios que uma psicoterapia poderá proporcionar:

De inicio, pode se dizer que o simples compartilhar dos conflitos já ajuda a aliviar a pressão causadora do sofrimento. Durante o processo psicoterapeutico,a pessoa passa  a compreender progressivamente seus conteúdos internos e suas atitudes. Desta forma poderá enxergar as situações por outros ângulos,e perceber o que antes era desconhecido para você. Será mais fácil,perceber de que forma, e em que intensidade você se deixa atingir pelo seu ambiente, pelas pessoas ou por sua história de vida. Ampliará sua percepção a respeito de suas qualidades de forma a poder utiliza las a seu favor. Auxiliará na modificação de comportamentos e hábitos prejudiciais. Resgatará a auto estima. Permitirá a tomada de decisões mais conscientes para sua vida, porque ampliará a visualização  de outras possibilidades. Facilitará a quebra do circulo vicioso,sentimentos e pensamentos que você insiste em repetir e nem se da conta.

A psicoterapia pode realmente, lhe trazer muitos desse benefícios, contudo, é importante que saiba que isso leva tempo, demanda esforço e comprometimento do paciente. É um processo algumas vezes doloroso, entretanto, traz como recompensa o amadurecimento e crescimento pessoal.

Preciso de ajuda psicológica?

A melhor maneira de identificar a necessidade de ajuda psicológica é perceber o quanto de prejuízo sua vida está sofrendo por conta das dificuldades emocionais, comportamentais ou cognitivas que você vem sofrendo. Continuar lendo

Relacionamentos conturbados: Misoginia

Muitas pessoas possuem relacionamentos conturbados e não sabem o porquê, causando uma profunda infelicidade nos parceiros. Pessoas que no passado tinham sido bem sucedidos profissionalmente, mas através da opressão psicológica tornaram suas vidas insuportáveis. Continuar lendo

Estresse

psicologia-estresse-stress

O estresse é a alteração global de nosso organismo para adaptar-se à uma situação nova ou às mudanças de um modo geral. O estresse é um mecanismo normal, necessário e benéfico ao organismo, pois faz com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de perigo ou de dificuldade. Mesmo situações consideradas positivas e benéficas, como é o caso por exemplo das promoções profissionais, casamentos desejados, nascimento de filhos, etc., podem produzir estresse.

O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmente

Sintomas relacionados ao estresse (stress)

Os sintomas psicológicos podem ser: ansiedade, tensão, confusão, irritabilidade, frustração, ira, ressentimento, hipersensibilidade, você fica muito reativo, passa a ter dificuldade na comunicação com as pessoas, se afasta das pessoas, e o pior, se sente isolado, insatisfeito com o trabalho, com a vida, aparece a fadiga mental, prejuízo do funcionamento intelectual, perda da concentração, da espontaneidade, da criatividade e da auto estima. Enfim, você se odeia!

Os sintomas físicos do estresse: Aumento da pressão sanguínea, problemas gastrointestinais, fadiga física, sudorese, problemas de pele, dor de cabeça, distúrbios do sono, etc. Comportamento do estressado.
Sintomas comportamentais do estresse são: “Deixar para amanhã”, evitação do trabalho, você fica menos produtivo, uso e abuso do álcool e drogas tanto legais como ilegais, come em excesso, o que leva a obesidade, ou come muito pouco, depende de cada pessoa, a que costuma ter pouco apetite, em estresse esse apetite some de vez, quem tem mais apetite vira um leão pra comer, e em casos de estresse mais graves pode acontecer até tentativa de suicídio.

Estresse interno e externo

O estresse (ou stress) pode vir de fora de, como por exemplo problemas com a família, trabalho, amigos, ou pode ser interno, quando se luta com um conflito emocional, por exemplo, quando a pessoa se impõe a padrões muito elevados, só se aceita se estiver tudo perfeito em sua vida, sofre um estresse que ela mesma criou. Outros conflitos emocionais são as ansiedades, frustrações, angustias, mágoas, decepções, raivas, etc.

Conseqüências do estresse (stress)

O principal hormônio envolvido nesse processo é o cortisol. Quando o estresse é passageiro a produção do cortisol é pouca, o suficiente apenas para te deixar alerta, o que é bom, porque te permite enfrentar a ameaça, mas se o estresse for crônico, todo dia, toda hora tua cabeça vive com mil preocupações como, por exemplo, você remoendo o pânico de procurar emprego, o marido que nunca chega cedo em casa, seu chefe que sempre acusa erro em seus relatórios, é essa timidez que te deixa sem graça diante das pessoas. Cada um destes eventos vai produzindo cada vez mais cortisol em seu seu organismo. O que é um perigo, tanto mental como físico, pois aumenta o risco de acumulo de gordura nas paredes das artérias, eleva a pressão arterial, enfraquece os glóbulos brancos, e com isso reduz a capacidade do organismo lutar contra as doenças. Já ouviram falar das tais doenças psicossomáticas? Do psicológico afetando o corpo? Tudo começa por aí. Você passa por problemas psicológicos, traumas, se torna emocionalmente debilitado e chega uma hora que o corpo padece também.

Depois de anos de estresse o corpo começa a desmoronar: a memória vai pro brejo, o sistema imunológico fica enfraquecido, ou seja, você fica muito mais suscetível a tudo quanto é doença e nem sabe porque, hipertensão, problemas de estomago, problemas dermatológicos, dificuldades digestivas, etc.

Por que algumas pessoas não se estressam?

Tem gente que passa por fortes situações, perde um ente querido, por exemplo, e ainda assim supera, claro que com dor, luto, mas consegue levar sua vida normalmente. Não é porque a pessoa não gostava desse ente querido, gostava e muito. Tem gente que vive com a agenda lotada 14 horas por dia de obrigações, coisas pra fazer, trabalho e responsabilidades, e ainda assim vive sem estresse, enquanto outros se desestruturam totalmente. Ou seja, algumas pessoas tem boa capacidade de enfrentamento e outras não tem, ou num dado momento tem boa capacidade de enfrentamento e em outro momento já vai tudo por água abaixo.

Pode ser que o estressado nem sabe qual é a fonte de estresse, isso você percebe quando não há nada de muito ruim na sua vida, mas ainda assim está morto de cansado: “aparentemente minha vida não tem nada de catastrófico, mas eu não estou bem”. A resposta é: você não dispõe de armas pra vencer o estresse.

Por que algumas pessoas são mais estressadas que outras

Você é do jeito que é, ou seja, infeliz, entusiasmado, cismado, carrancudo, pró-ativo, enfim, tanto suas qualidades como defeitos psicológicos devido a 3 fatores:

Genética. Você é assim porque recebeu gens que determinam seu estado de humor.
Ambiente, ou seja, você é do jeito que é porque aprendeu ser assim, lhe disseram pra ser assim, “menina dê a vez para as outras pessoas” aí você aprende que você nunca tem vez, que todo mundo é mais importante que você. Aprendeu porque viu exemplos de pessoas sendo assim, viu seu pai ser demitido e ficar em casa arrasado, e com isso aprendeu que não adianta lutar, o negócio é desistir. Se você teve um pai que vivia dizendo “ninguém é amigo de ninguém, todo mundo trai quando tem uma oportunidade”, claro que você vai aprender a ser inseguro, você aprende a ter uma visão negativa a respeito das pessoas e, claro que vai aplicar nos seus relacionamentos pro resto da vida, qualquer amigo ou namorado vai viver sob seu olhar desconfiado. Enfim, a vida ensina de tudo quanto é jeito.

O terceiro fator é o mais bacana

Você é do jeito que é por sua causa mesmo. É isso aí! Você pode contar com você pra ser o que você quiser ser. Ou seja, através de atividades intencionais você pode determinar o quanto será leve, espontâneo, e feliz.
Tenho até as proporções pra cada fator. As circunstâncias da vida, o quanto você é feliz porque teve um pai legal, uma mão carinhosa, é só 10% do seu total de felicidade. A genética é um ponto decisivo, decide 50% da sua cota de felicidade, ou seja, pode ter a vida maravilhosa que for, mas 50% da sua felicidade você já nasceu com você. Tanto é que gêmeos idênticos criados separados, sob circunstâncias bem diferentes tendem a ter um patamar de felicidade bem parecido, não importa o que tenha acontecido com eles. Mas o que normalmente se deixa de lado, e é um desperdício, são os 40% restante, que é a parte que pode ser alterado por nossas atividades, nossas atitudes intencionais. Ou seja, por mais que você acha que é infeliz por causa o seu corpo, do seu trabalho, da colega que te perturba, com o casamento. Pare! você pode mudar todo seu estado de animo com muita disciplina e autocontrole pra desaprender crenças que estão te limitando.

Enfrentar os problemas

Enfrentar significa usar uma das três saídas:

  • 1ª superar o problema,
  • 2ª cair fora do problema ou
  • 3ª conviver com o problema.

Ou seja, ou você elimina o problema, ou cai fora do problema, ou aprende a conviver com ele. Isso é enfrentamento. Ex: Seu casamento está sendo um problema, mas você não consegue resolver nem consegue sair do problema (não consegue se separar), e nem dá pra aprender a conviver com ele, aí sim, chegamos no estresse. Você está num beco sem saída, está estressado.
O que fazer para combater o estresse Relaxar. Fácil falar, não? “Relaxa!” Já ouviram algo assim? É irritante, mas não deixa de ser verdadeiro, pois relaxando o corpo produz mais oxido nítrico, molécula antídoto contra o cortisol.

Como relaxar

Aprendendo a flexibilizar o pensamento. Aprender a pensar racionalmente. Aprender a resolver os problemas do dia a dia. Usar o lado esquerdo do cérebro – por mais que digam que se deve desenvolver o lado direito, que é o lado das emoções e da criatividade, na realidade o lado direito é responsável pelo descontrole emocional, quando você fortalece o lado esquerdo, que é o lado da lógica, do raciocínio, da atenção e do controle das emoções, você consegue mais equilíbrio e paz de espírito. Quando você não consegue sozinho você pode contar com o trabalho do psicólogo e da psicoterapia.

Como a psicoterapia age no combate ao estresse

Tratando a ansiedade, a depressão, ou seja tratando seu estado psicológico.  Tanto a Terapia Cognitiva Comportamental como a psicanálise te ensina a identificar os pensamentos automáticos destrutivos e reavaliar sua vida. Muita gente sofre por fazer uma interpretação errada das situações do dia a dia. Por exemplo, uma pessoa se acha imprestável e sofre porque vive como se isso fosse verdade, na terapia a gente tem a possibilidade de identificar de onde vem essa idéia. Será que foi da sua criação? Será que a pessoa foi passando por situações negativas e repetitivas que foram estabelecendo esquemas negativos dentro de sua mente? O psicólogo trabalha para que essas crenças disfuncionais sejam corrigidas no que for possível.

Insegurança promove estresse

É preciso encontrar segurança interna. A pessoa segura não sente o estresse tão facilmente. Ser seguro é perceber-se forte e resistente às emoções destrutivas. Não falo da percepção de segurança falsa, aquela adquirida com pensamento positivo, aquela coisa de acordar olhar no espelho e repetir “você é lindo, forte e sua via é perfeita”, eu falo do pensamento racional, verdadeiro, que admite que haja adversidades, mas que você pode encará-las como oportunidade de crescimento, sempre aproveitando a vida como aprendizagem. Aprender é sempre muito mais interessante do que nunca errar, nunca se deparar com o chefe chato, com o namorado que enrola, o transito, a chuva, o medo, etc.

Estresse = desgaste psicológico

Quando entendemos as situações que produzem estresse passamos a entender o próprio desgaste psicológico. Estresse não é trabalhar muito e ficar cansado, isso você recupera numa noite bem dormida, o verdadeiro estresse é a “cabeça” cansada, a dificuldade em se tornar independente, a insegurança, a falta de auto-estima, o ciúme desproporcional e todas as situações onde você se sente vulnerável e incapaz de superar.

Como mudar seu próprio cérebro

Ao se manter o estressado você debilita seu próprio cérebro. Mas eu tenho boas noticias da neurociência, segundo neurocientistas nós podemos mudar nosso cérebro. Uma pessoa quem vem se sentindo estressado, de mal com a vida, irritado, depressivo, sem animo, pode mudar isso tudo de forma voluntária e intencional.

O que é mente e o que é cérebro

Cérebro é a parte física, é essa massa cinzenta que você tem aí dentro da sua caixa craniana que pesa um pouco mais de um quilo. É o tecido biológico. A mente é o resultado do funcionamento do cérebro, são os pensamentos, os sentimentos, e as emoções. É como se o cérebro fosse o hardware, e a mente o software. Mas a diferença da sua cabeça pra um computador é que seu software não pode alterar o hardware, ou seja, o programa não pode mudar a máquina, coisa que é possível entre a mente e o cérebro.

Vou explicar. Por exemplo, tem um problema no trabalho e já começa a pensar: “vou ser demitido, nunca vou conseguir as coisas, nada dá certo na minha vida”. Quando essa pessoa altera os padrões disfuncionais de pensamento, como faz a TCC, Terapia Cognitiva Comportamental, e passa a pensar diferente: “Isso é só um obstáculo, posso muito bem aprender a contornar essa dificuldade no trabalho, pesquisar novas técnicas para aplicar em meu trabalho como outras pessoas já fizeram e tiveram até promoção”. Ao desenvolver esse novo padrão de pensamento a parte do seu cérebro que gerava pensamentos obsessivos é reduzido, e a parte que gera emoções positivas aumenta. Isso prova que há uma conexão entre a região responsável pelos pensamentos e a região encarregada das emoções. Quando você muda seus pensamentos você muda seus sentimentos, e essa mudança é visível no cérebro, estruturalmente seu cérebro mudou.

Desenvolvendo Recursos Pessoais

Um dos recursos pessoais mais importantes é o senso de auto-eficácia. Auto-eficácia significa que você acredita em si mesmo, você percebe que tem condições de enfrentar ou resolver seus próprios problemas. O senso de auto-eficácia pode ser adquirido naturalmente, ou seja, os sucessos que você teve no passado te oferecem base para perceber que poderá se sair bem nas próximas situações problemáticas da vida.

Quando a pessoa fracassa em algum momento da vida tende a considerar que suas novas tentativas também vão dar em fracasso, o que não é verdade necessariamente, mas por não acreditar em si mesmo (não desenvolver o senso de auto-eficácia) nem tentará resolver o novo problema, o problema cresce, e pronto! Virou uma profecia que se auto realizou. Tanto ela achou que a coisa não daria certo que não deu mesmo. E o interessante é que ela nem percebe que foi ela que fez a coisa dar errado, foi sua falta de iniciativa de pelo menos tentar.

Quanto mais fraco for o senso de auto-eficácia de uma pessoa, menos ela vai enfrentar os problemas e mais estressada ficará. Auto-eficácia é como uma lupa, se você a usar direito você vai usar a lente de aumento e verá tudo de forma mais clara, tudo maior, mas se usar a lupa do lado contrário tudo fica muito difícil de ver. Auto eficaz é a pessoa que vê sua capacidade com a lente de aumento, e olha para os problemas com o lado que diminui. O estressado já olha os problemas pela lente de aumento, e mesmo sendo problemas pequenos ele os vê como insolúveis, insuperáveis.

Mesmo que a pessoa não tenha adquirido este senso naturalmente com a vida, ainda assim é possível desenvolve-lo através do trabalho do psicólogo, em psicoterapia.

Conclusão

Você pode se treinar a se sentir melhor, independente do que esteja acontecendo na sua vida. O seu cérebro vai acompanhar esse treino e vai se alterar. Você vai funcionar diferente. Quer ver um exemplo. Monges budistas, que treinam meditação muito intensamente trabalhando a compaixão tem a parte do cérebro responsável pela empatia e pelo altruísmo bem aumentada, esse é o lado esquerdo do cérebro.
As conexões entre as células nervosas ficam mais fortes, é como quando você faz musculação, as conexões entre as fibras do músculo do seu braço ficam mais fortes. Mudar os pensamentos é como fazer musculação no seu cérebro. É possível aumentar o seu bem estar por meio de treino mental. A palavra chave é intenção, você pode mudar se trabalhar intencionalmente pra essa finalidade.
A decisão de ser feliz está em suas mãos. O estado mental pode estar sob nosso controle. Ele pode ser mudado com treinamento. A ciência está estudando quais exercícios mentais diminuem o sofrimento e eu sou uma das maiores entusiastas destes estudos.