Separação

Separação de Casais

Separação  é um processo considerado pela maioria como: doloroso, difícil e longo.  Normalmente são entendidas como uma relação que não deu certo. Admitir para si mesmo que o relacionamento acabou é difícil porque é um projeto de vida….o divórcio acarreta uma quebra de compromisso que se assume consigo, com o outro, como os filhos e com a própria sociedade, pois espera se que o casamento dure para sempre. Muitas vezes para não fugir deste compromisso muitos casais permanecem infelizes até decidirem separar-se.

A separação inicia se como um segredo, um dos parceiros começa a sentir se desconfortável na relação muitas vezes a relação não é mais compatível com o sentimento que tem de si próprio, busca se fora algo que possa redefinir ou trazer de volta o valor próprio, autoafirmação que não obteve no relacionamento, reconhecimento, afeto, parceria e qualquer outro sentimento que possa existir. A separação não ocorre ao mesmo tempo para ambos, embora passando pelas mesmas transições começam e terminam em momentos diferentes.

Mesmo nos casos em que se constata que o relacionamento se tornou muito ruim, virar a página não costuma ser algo tão simples quanto gostaríamos. Afinal de contas, há uma história que foi construída a dois e onde foi feito um grande investimento de afeto, energia e tempo. Nossa própria identidade se liga a uma identidade de casal, onde são compartilhados hábitos, familiares, amigos e muitas vezes também filhos e um patrimônio. A ideia de abrir mão desta ligação, com toda a incerteza do que vem pela frente, não é propriamente a sensação mais confortável do mundo. Nem para quem é deixado e nem para quem decide terminar.

Os questionamentos são inevitáveis: “Será que eu estou realmente fazendo a coisa certa? Será que ainda vale a pena tentar? Ainda temos juntos coisas boas o suficiente para fazer isso dar certo? Será que vou encontrar outra pessoa com quem eu possa ser feliz novamente? E se depois eu descobrir que foi um erro?” A dificuldade para se achar certas respostas vem da dualidade desta vivência. Pode haver um tipo de conflito em que o relacionamento parece ser, simultaneamente, bom demais para se desistir e ruim demais para se insistir. Por um lado, não queremos jogar fora uma relação que ainda tenha algum valor. Por outro lado, existe vida depois da separação e ela pode ser realmente melhor (para ambos).

Quando tudo indica  que a separação e a alternativa mais adequada para o casal, dificilmente essa alternativa  é levada a diante quando aparece a ideia de se separar. Essa possibilidade é posta de lado, e passa se a conviver com os conflitos, sem resolve-los. Por esta razão a maioria dos casais demora a concretizar a separação. Desta forma a situação que antes poderia ser conduzida com uma certa simplicidade e objetividade se torna cada vez mais complexa e tensa.

Quem pensa em se separar normalmente adia a pauta por temer criar conflitos, mágoas e confrontos. Quem nutre o desejo em se separar mas cala se, tem o comportamento alterado com o passar do tempo com o outro. Tais mudanças podem ser percebidas pelo outro, que tentará dar uma explicação para elas, mesmo sem saber ao certo a que se devem tais mudanças, ira entende-las a partir de seu próprio referencial. E mesmo que a pessoa pergunte ao parceiro o porque dele estar diferente, dificilmente obterá uma resposta genuína verdadeira.

Os conflitos e as mágoas que foram motivos para não declarar ao outro o desejo de separação acabam ocorrendo do mesmo jeito.

Nesse cenário as emoções de ambos já estão alteradas e com o passar do tempo minam qualquer resquício de carinho, afeto, consideração e respeito. Ao dissimularem o desejo e o pensamento de se separar os parceiros constroem uma barreira onde poderia existir uma ponte.

Não faz muito sentido em encarar a separação como evidência do fracasso da relação, Devemos entender relações como parcerias, vínculos que se mantém enquanto os envolvidos encontrem sentido em estar juntos. Quando os parceiros passam a trilhar caminhos divergentes, interesses diferentes, sentimentos incompatíveis, conflitos irreconciliáveis, fica claro que o formato da parceria precisa ser mudado.

É preciso ter maturidade para encarar a separação não como um rompimento, mas como uma necessidade de transformação dessa relação, se possível trabalhando juntos na transformação dessa união em outro tipo de parceria. É importante que ambos se apoiem na construção de um novo futuro para cada um, para facilitar o desapego e impedir que a demora destrua o carinho e respeito que um nutre pelo outro.

Viver é constantemente recomeçar e existem várias formas de separação: as que ocorrem em paz e as que isso não e possível….

Independente de como ocorra é um período de reorganização pessoal, viver só traz a capacidade respirar, autoconhecimento, relacionamento com novos amigos,  amigos antigos, lazeres diferentes e psicoterapia  são fundamentais para essa reorganização.

É muito importante descobrir o que quer dar ao outro e o que gostaria de receber, afinal o risco de repetir inconscientemente os erros no próximo relacionamento é grande uma vez que existem forcas psíquicas procurando manter tudo como esta, tudo igual, mantendo seu padrão de funcionamento operando exatamente da mesma forma, por essa razão as escolhas muitas vezes se repetem embora declaramos que aquele tipo de relação não nos atende!

De fato não atende mesmo, porém se você não estiver consciente do que te mantém a uma relação doentia, disfuncional ou qualquer adjetivo que você queira dar ao seu relacionamento a possibilidade de entrar em outra bem parecida é ENORME!!! Pense em quantas pessoas você conhece que sempre se envolve com o mesmo tipo de pessoas….

Separação e Felicidade são termos muito abrangentes as razões pelas quais uma pessoa é feliz ou infeliz são relativos, mas eu acredito que a maior parte venham das conquistas, realizações pessoais e da satisfação com a própria vida; E as escolhas que fazemos durante todo esses processos é que ira determinar se seremos “felizes ” ou não.

Se você não tem coragem de mudar aquilo que faz com que sua vida não seja da forma que você gostaria, aceite que você fez uma escolha e tente ser feliz com ela. Eu costumo dizer: sua vida suas escolhas, suas decisões….!

Escolhas

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Vivo, existo, logo: correr riscos, fazer escolhas, é parte inseparável desse processo. Existem os riscos que não devemos jamais correr e os riscos que não podemos nunca deixar de correr. Continuar lendo

Você expressa seu ponto de vista com facilidade?

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ASSERTIVIDADE

Ser assertivo é aquela pessoa que sabe expressar sua opinião de forma clara, objetiva e educada,é aquela pessoa que tem jogo de cintura . Da mesma forma que ele expressa seu pensamento com transparência, ela sabe ouvir. Mantém uma postura segura e comedida mesmo quando criticada . O comportamento assertivo é o que torna a pessoa capaz de agir em seu próprio interesse, sem ansiedade e SEM AGRESSIVIDADE!

Ser assertivo é afirmar o seu eu, ser autêntico, é afirmar sua auto estima.
Pessoas assertivas são objetivas, flexíveis, transparentes e empáticas.

Pessoas que não são assertivas são passivas, tem a tendência de evitar conflitos mesmo não concordando com o outro , são pessoas que não se colocam, não se expõem, não emitem sua opinião.

A falta de assertividade está diretamente relacionada ao medo. Medo de brigar,medo de não ser aceito,medo de ser atacado, de perder o emprego, de perder o amor, enfim… O medo da exclusão. E quanto menor a auto estima,maior é o medo e quanto maior o medo menor a auto estima….

Características de pessoas com comportamento não assertivo : medo de magoar o outro,não sabem dialogar , não são empáticas ( dificuldade em se colocar no lugar do outro) , evitar conflitos a todo custo.

Há três maneiras de se conduzir as relações interpessoais : A primeira é : pensar apenas em si mesmo.
A segunda é sempre por os outros à frente de si mesmo. E a Terceira e a ideal: a pessoa se coloca em primeiro lugar mas leva a opinião dos outros em consideração.

O comportamento assertivo pode ser treinado, será necessário muito comprometimento, reflexão a fim de observar seu comportamento, persistência e treino.

O treino da assertividade proporcionará um sentimento de auto eficácia ,e a auto estima é tão impactada que naturalmente traz uma sensação gratificante que servirá como estímulo para que a pessoa persista no treino do novo comportamento e a medida que um novo comportamento vai aflorando o medo e a ansiedade vão desaparecendo. através da repetição de um novo comportamento cria se um novo hábito, uma nova maneira de se relacionar, muito mais saudável , uma vez que relações saudáveis são aquelas baseadas na arte de conversar , de expressar sua opinião e também levar em consideração a opinião do outro.

Transtorno do Pânico

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Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, com ou sem fatores desencadeantes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) dessas situações e começar a evitá-las. Os sintomas físicos de uma crise de  pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente ou por meio de   ansiedade extrema motivada por estresse, perdas, aborrecimentos ou  expectativas. Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma  “coisa terrível”. A reação natural é acionar os mecanismos de fuga.  Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no  cérebro e nos membros usados para fugir — em detrimento de outras partes  da cabeça. Os sintomas são desencadeados a partir da liberação de  adrenalina frente a um estímulo considerado como potencialmente  perigoso. A adrenalina provoca alterações fisiológicas que preparam o  indivíduo para o enfrentamento desse perigo: aumento da frequência cardíaca e respiratória, a fim de melhor oxigenação muscular; e o   aumento da frequência respiratória (hiperventilação) é o principal  motivo do surgimento dos sintomas.

O indivíduo se queixa de formigamento que acomete as pontas dos dedos e  se estende para o braço (em luva, nas mãos; em bota, nos pés),  adormecimento da região que compreende o nariz e ao redor da boca  (característico do quadro). – Musculatura Esquelética: a hipocalcemia  causa aumento da excitabilidade muscular crescente que se traduz    inicialmente por tremores de extremidades, seguido de espasmos   musculares (contrações de pequenos grupos musculares: tremores nas  pálpebras, pescoço, tórax e braços) e chegando até a tetania (contração muscular persistente). Em relação à tetania, é comum a queixa de dificuldade para abertura dos olhos (contratura do músculo orbicular dos olhos), dor torácica contratura da porção superior do esôfago), sensação  de aperto na garganta , de abertura da boca, e contratura das mãos. São  muito frequentes as cãimbras. Adicionalmente, a hiperventilação é realizada através de respiração bucal, o que traz duas consequências diretas: o ressecamento da boca (boca seca) e falta de ar.

Tais eventos podem durar de alguns minutos a horas e podem variar em intensidade e sintomas específicos no decorrer da crise (como rapidez dos batimentos cardíacos, experiências psicológicas como medo incontrolável etc.). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito  ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico.  Indivíduos com o transtorno do pânico geralmente têm uma série de episódios de extrema ansiedade, conhecidos como ataques de pânico.  Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente, diariamente ou  semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas (como vergonha, estigma social, ostracismo etc.). Algumas pessoas são mais suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário (genético) na determinação de quem desenvolverá o transtorno. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno não tem nenhum antecedente familiar. O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso).

Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar,  pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes  neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma
crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando  o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É  como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina. O transtorno do pânico é um sério problema de saúde,  mas pode ser tratado. Geralmente ele é disparado em jovens adultos, cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre com mais freqüência dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens. O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado,  pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderam o emprego em decorrência do transtorno do pânico. Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas freqüentemente durante meses ou anos e então passar anos sem qualquer sintoma.

Em outros, os sintomas persistem indefinidamente. Existem também algumas evidências de que muitos indivíduos, especialmente os que desenvolvem os sintomas ainda jovens, podem parar  de manifestar os sintomas naturalmente numa idade mais avançada (depois  dos 50 anos). Para indivíduos que procuram tratamento ativo logo no  início, grande parte dos sintomas pode desaparecer em algumas poucas semanas, sem quaisquer efeitos negativos até o final do tratamento. Em alguns casos, porém, podem ocorrer recaídas ao longo do tratamento que ficam cada vez menos intensas e esporádicas.