Transtorno de Ansiedade

Publicado por Lazaro Castro

Transtornos de Ansiedade são aqueles que são caracterizados por um medo excessivo e anormal, por preocupação e ansiedade.

No DSM-IV encontramos alguns tipos de Transtornos de Ansiedade:

Agorafobia

O termo agorafobia vem do grego “ágora” (reunião de pessoas, assembléia, multidão) + “phobos” (medo). Diferentemente do que possa sugerir, agorafobia não é somente um medo de espaços com grande quantidade de pessoas. Para além disso, há o sentimento de medo diante de situações em que comportamentos de esquiva-fuga seriam difíceis de realizar.

 Medo de ter medo

Na agorafobia e na síndrome de pânico, a pessoa sente “medo de ter medo”. A ansiedade de sair de casa e ter uma crise a impede de se expor a situações fora de casa, por isso o comportamento mais comum na agorafobia é a evitação, a esquiva, a fuga de situações fora de sua zona de conforto – normalmente sua casa.

Durante a crise a pessoa pode chegar a ter a sensação de que está enlouquecendo, o que a faz  evitar certos lugares, por exemplo, não vai mais ao cinema pois tem medo de passar mal, não sai de carro, não entra em supermercado, não entra em banco. Tudo isso devido a agorafobia sofrida em uma situação anterior e associada ao pânico.

Cada um tem sua lista de lugares que a faz passar mal. Tive um paciente que não entrava em túneis, outro não andava de metrô. O que defie qual será o local, ou os locais que serão evitados são as experiências anteriores ou idéias pré-concebidas no que se refere a estes lugares.

Desamparo

O desamparo é a sensação de que precisará de ajuda mas não conseguirá. A pessoa sente que vai precisar de algum apoio, algum recurso mas esse apoio não vai aparecer. Isso dá pavor. Tem gente que sente que precisa ter alguém por perto, por isso muitas pessoas não saem mais sozinhas, ou até nem saem mais de casa. Outros precisam saber que terão atendimento médico por perto, precisa de se certificar que tem algum hospital por perto. Já atendi um caso onde o rapaz precisava identificar o hospital mais próximo a cada quilometro por onde ele dirigia, sabia até que não iria precisar usar o tal hospital, mas fazia isso, e fazia escondido, pois tinha vergonha de sentir assim pois tinha medo de que os outros pudessem achar que estava ficando louco, então arranja desculpas esfarrapadas para evitar essas situações. Não vai pra praia porque (mente que…) tem que trabalhar, não vai para o cinema porque não está a fim de ver aquele filme. Tudo mentira. Ele está apavorado. Tem outras pessoas que não procuram hospital, mas a casa de pessoas conhecidas. Só andam em locais onde sabe que podem pedir ajuda para alguém, não saem dessa rota. Tem outros que não se afastam da sua própria casa, andam só no quarteirão, e quanto mais se afastam, mais passam mal.

Avalie a possibilidade de ser portador de Agorafobia

Situações comuns de desconforto na agorafobia:

…..Sair de casa sozinho
…..Ficar em casa sozinho
…..Usar transporte coletivo ou automóvel
…..Locais cheios ou multidões
…..Congestionamentos
…..Filas
…..Elevadores
…..Túneis, passarelas ou pontes
…..Espaços abertos
…..Viajar

Ataque de Pânico

Pânico é o ponto mais forte da ansiedade. É um medo tão intenso que dificulta a capacidade de raciocínio. A pessoa com síndrome do pânico pode sentir vontade de sair correndo, procurar um lugar seguro. Para alguns o pronto socorro é esse local, pois tem a sensação de que está muito doente, que vai ter um ataque do coração, mas quando ela é atendida, o médico nunca identifica um problema físico, pressão boa, respiração normal, enfim, corpo saudável. “Mas doutor? E esse taquicardia que eu senti? E essa falta de ar que parece que estou sufocando?” São essas as perguntas que os médicos que atendem as pessoas com crises de pânico ouvem e nem sempre sabem responder.

A síndrome do pânico é um mal estar repentino sem ter nada aparente provocando, com sintomas físicos intenso, em geral falta de ar, tontura, mal estar, dor de barriga e suor frio.

O diagnóstico correto só pode ser feito por um psicólogo experiente.

Os sintomas geralmente começam de forma branda, chegam a um pico mais forte em alguns minutos e depois de um tempo a coisa toda passa do mesmo jeito que chegou, sem explicação.

O ataque de pânico, geralmente, é curto. Alguns pesquisadores e profissionais afirmam que dura em torno de 10 a 15 minutos e é caracterizado por uma forte sensação de medo e desconforto que surge de forma inesperada. Mesmo parecendo pouco tempo, quem passa por esta situação costuma narrar que o ataque “demorou uma eternidade” devido à intensidade do sofrimento.